19 de junho de 2011

Degustando Estações



Foi com toda essa vontade de nos alimentarmos do que sobrou do antigo leito ferroviário da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro e Navegação, que chegamos à cidade de Guará. Munidos de câmera nas mãos, e uma idéia na mente chegamos aos pés de mais uma remanescente do ciclo de ouro das estradas de ferro.



Sobre um tapete de alcatrão, repousa a Estação Guará. Baronesa Augusta serve de oficio a uma instituição bancária. Suas cores vão se adaptando a cada nova função, seu corpo ainda detém as características primarias, sua conservação se faz destas mudanças ocupacionais.


Desta maneira vai se perpetuando, observando o crescimento das palmeiras imperiais no centro da via, antes caminho de passagem dos trens. Saboreamos ali a idéia de preservação.




Seguimos adiante. Dez quilômetros separam Guará de Pioneiros, um distrito local. Descobrimos um lugarejo miúdo, simplório, onde observadores curiosos ficam surpresos com a nossa passagem.



 A menina estação ganha destaque sobres as casa vizinhas. Com a cor do sol, uma infeliz descaracterização fácil de perdoar, pois tal projeto era cultivar o conceito de modernidade, algo que intuitivamente as locomotivas traziam das grandes cidades.


Ponte do ramal novo, sobre o rio Sapucaí

Ponte Ferroviária do ramal antigo, sobre o rio Sapucaí.
 Experimentamos ali a idéia de perdurar.


Trilhamos nosso destino até São Joaquim da Barra nossa próxima parada. Um imenso tapume abraça a senhora estação, um amparo provisório enquanto recebe reparos pra nova função. Sua grande dimensão antes ocupada por sacas de café beneficiado, depois
de pronta, será um espaço bibliotecário e




 escola de informática. Imaginar que o local propagará educação, cultura e lazer nos confortam e faz acreditar que a nobre estação será embarque do crescimento intelectual individual e coletivo.
Provamos ali a idéia de subsistir.



Residência do Chefe da Estação - Hoje Posto de Saúde

A grande sacada destes três exemplos registrados pela lente da objetiva é que para salvar um bem histórico não basta apenas fazer o tombamento. Tem que proporciona aos mesmos novas funções, para que assim possam voltem a ser palco do desenvolvimento.

Quinta-feira, 21 de maio de 2011, 17:45 h.

7 de junho de 2011

Ituverava: Salto Brilhante


Localizada na parte alta, com uma vista privilegiada e a cidade crescendo aos seus pés, com certeza “brilhante” mesmo foram os 76 anos de atuação da grande estação de Igarapava.


Depois que a aposentadoria forçada entrou em vigor, em 1979, devido a mudança do ramal, sua estrutura física entrou num longo processo de abandono. Com histórico de depredações, negligência e alguns incêndios, o resultado culminou com a substituição das suas elegantes portas e janelas por tijolos de contenção.





Da cobertura da plataforma apenas marcas deixadas nas paredes revelam que no passado era uma imponente obra da arquitetura ferroviária. De fato, as dimensões chamam a atenção.



 O pátio longínquo ainda permanece com seus trilhos oriundos da CMEF, seus desvios e amarrações, atende as indústrias locais... A casa do guarda-chaves, a caixa d’água, estão todas La, guerreiras ao tempo.  




Assim a solene estação, é mais uma vitima do desprezo, da ignorância de toda sociedade que valoriza muito mais outros meios de transporte. Dando as costas a aquele que um dia deu um “salto” para o progresso do local.  



































1 de junho de 2011

Há 581 m de altitude: Canindé


           
A estrada vicinal para se chegar a CANIDÉ É uma linha reta longínqua de mais ou menos 06 km, touceiras de cana-de-açúcar nos dois lados e muita poeira vermelha vão criando UMa paisagem inóspita e bem turva. a moto ziguezagueava na terra solta, nuvens de pó ascendiam ao passo que tomava velocidade. pequenos telhados vão revelando aos poucos UM POVOADO ADORMECIDO no tempo,



mais A canindé de ontem é bem diferente da atual, da ESTAÇÃO_ coração pulsante de outrora hoje bate descompassada, SERVE DE MORADIA para várias famílias, seu estado de deserção é impressionante. o descuido e desinteresse público ficam estampados nas garatujas impressas nas paredes e nos quadros de avisos, da plataforma de embarque. palco das novidades itinerante_ é sustentada por troncos de alguma mata local evitando assim seu desmoronamento.




o que era O PÁTIO, responsável pela troca dos trens que vinham de uberaba e/ou ribeirão preto e começo de um ramal particular para a usina junqueira, hoje DÁ LUGAR a UM CAMPINHO DE FUTEBOL, nada comparado à movimentação de antigamente. CASA DO CHEFE, CASA DE TURMA E CASA DE FUNCIONÁRIOS recebem um novo oficio SERVIndo DE LAR compondo a vila.






além do complexo da estação, CASAS A DERREDOR, IGREJA, RESTAURANTE E CINEMA fizeram desta paragem uma promessa de prosperidade, para dona marilda. moradora de uma das casas mais distintas relata que DEPOIS que as locomotivas a vapor deram lugar às loco a diesel e o FECHAMENTO DO RAMAL de cel. quito o vilarejo FOI ESTAGNANDO e entrou num longo caminho em desuso.


“soidade do comboio chegando trazendo notícias, do tráfego dos passantes, da vida movimentada que não volta mais”. comentou do desvio que o trem fazia quando a máquina manobrava, APONTANDO para a parte baixa do terreno, lembrou dos vagões recheados de lenha pra abastecer as terras do coronel quito.







nostalgias à parte da senil proposta de desenvolvimento nada se vê, o PANORAMA atual é Dominado pelo TOTAL ABANDONO. o que resiste só não desapareceu porque algo lá desembarcou e não mais se foi, a esperança.

Quinta-feira, 21 de março, 14:30h.